Por Amilcar Faria
“O maior castigo dos bons que não se
interessam por política é que serão governados pelos maus que se interessam”.
(Platão - Tradução adaptada do trecho de
"A República")
A primeira eleição de que se tem notícia foi entre dois homens que
estavam presos: o eleito conquistaria sua liberdade, o perdedor seria morto em
praça pública.
Os candidatos eram: Barrabás, um conhecido ladrão que já
havia sido condenado por muitos crimes (contra o estado e contra a população);
e Jesus, um conhecido benfeitor, que comprovadamente já havia
ajudado a muitos, embora nenhum deles tivesse a audácia para se colocar a seu
lado contra o poder do juiz (que também era eleitor), conhecido como Poncio
Pilatos.
A campanha se resumiu a algumas poucas palavras ditas pelo acusador
(marketeiro) Caifaz contra outras poucas palavras ditas pelos próprios
candidatos (Jesus e Barrabás).
Instigados pela astúcia ferina do “marqueteiro” (também eleitor)
acostumado a induzir multidões, a maioria dos eleitores (o povo) votou no já
comprovado ladrão.
Pilatos, na qualidade de eleitor, lavou as mãos deixando de exercer seu
voto, assim como muitos na multidão (anulou seu voto, deixou em branco, não
votou).
E o comprovado benfeitor foi assassinado após o injusto resultado dessa
primeira eleição.
Toda eleição é um
processo de tomada de decisão, e como em
toda e qualquer situação dessas (tomada de decisão), é preciso fazer uma
escolha, o que nem sempre é fácil.
Escolher em quem
votar, por exemplo, é mais difícil do que parece.
O processo de fazer escolhas, ou seja, a tomada de decisão fica
comprometida quando deixamos de usar o raciocínio e passamos a usar as emoções.
As emoções (quase sempre viscerais), assim como a memória, nos traem exatamente
porque não são racionais. Mas qualquer tomada de decisão, principalmente as que
vão afetar nossas vidas por um longo período de tempo, precisa ser realizada de
forma racional, coerente, após uma análise lógica e fria, portanto, não
emocional.
Quando vamos
decidir nosso voto em alguém não devemos fazê-lo pela emoção, mas pelo
raciocínio.
Mas, por que então
precisamos tomar uma decisão? Por que preciso escolher? E principalmente, se nenhum dos
candidatos me parece bom,
1) Por que eu devo votar em algum deles?
Essa é a pergunta que tem a resposta mais fácil.
Quando há somente dois candidatos, como ocorre no segundo turno das
eleições, você deve escolher um deles e votar nele, pelo simples fato de que,
se não o fizer, estará, fatalmente, “lavando
suas mãos” e aceitando incondicionalmente qualquer um que vencer.
Quem abre mão do
seu voto, também abre mão do direito de reivindicar quando o vencedor fizer
algo que agrida seus direitos ou os direitos dos seus filhos, netos, parentes.
Não votar, não exercer seu direito de escolha, favorece sempre o
candidato mais corrupto, que mobiliza muitos oferecendo favores ilícitos ou
facilidades fantasiosas, ou seja, aqueles que vão se locupletar do dinheiro
público.
Devo votar em algum
dos dois candidatos, mesmo que não me sinta totalmente representado por um ou
por outro, porque se eu não o fizer, serei representado pelo que menos me representa.
Se o prejuízo é
certo, é inteligente procurar o prejuízo menor.
Respondido o porquê, vamos agora ao como.
2) Como decidir meu voto?
Para tomar a
decisão mais correta, e que irá reduzir o prejuízo de quem não se
acha representado, é preciso comparar (na ponta do lápis) os
programas de governo e as propostas de ambos os candidatos.
É preciso comparar
os candidatos e procurar conhecer melhor o histórico de ações pregressas e as
promessas de ações futuras de cada um.
Sem paixões, sem
ódio, sem rancor, sem preconceitos sem viés ideológico.
Pergunte-se, questione-se:
1) o que os dois
candidatos fizeram no passado?
(Roubaram? Desviaram dinheiro? Concluíram obras? Fizeram algo ilícito?
Foram julgadas criminalmente? Cumpriram suas promessas? Concluíram suas obras?)
2) o que estão
fazendo no presente?
3) o que eles dizem
querer fazer no futuro?
4) quais as
entregas foram feitas pelos dois candidatos enquanto presidentes?
4) qual deles
defende as causas com as quais eu mais me identifico?
(Aborto? Drogas? Estupro? Propriedade privada? Liberdade de expressão? Liberdade
religiosa? Armas? Legítima defesa? Defesa de criminosos ou das vítimas?
5) qual o público
irá votar em dada um?
(Ladrões? Estupradores? Traficantes? Corruptos? Banqueiros? Cristãos? Idosos?
Crianças? Famílias? Pastores?
6) com quais
eleitores de cada candidato eu me identifico mais?
(Ladrões? Estupradores? Traficantes? Corruptos? Banqueiros? Cristãos? Idosos?
Crianças? Famílias? Pastores?)
Hoje em dia, as pessoas não dependem mais da velha imprensa para obter
informações e notícias. Não estão mais sujeitas à manipulação de sua opinião
por âncoras de telejornais em horário nobre.
Qualquer um, atualmente, tem um celular e consegue acessar a internet. Qualquer
um consegue formar sua própria opinião sem ser massa de manobra de manipuladores
hipócritas de informações distorcidas, de notícias falsas.
Nem a desculpa de
ter memória curta as pessoas tem mais, uma vez
que o amplo acesso à internet permite resgatar ações e palavras dos próprios
candidatos.
E é exatamente por isso que uma das vertentes quer muito implantar o
chamado CONTROLE
SOCIAL DA MÍDIA, ou seja, querem regulamentar os meios de
comunicação, ou ainda censurar O SEU acesso à informação.
Nesse segundo turno das eleições presidenciais de 2022, mais do
que uma contraposição de pessoas, mais do que Lula versus Bolsonaro, temos
a contraposição entre dois projetos políticos para o país.
Temos que escolher entre um projeto socialista e um projeto capitalista, temos
que escolher entre um projeto que quer mais controle estatal e menos liberdades
para os indivíduos e um que quer mais liberdade e menos controle estatal sobre os
indivíduos.
Precisamos
responder, para nós mesmos, algumas perguntas importantes:
1) Eu concordo com
o assassinato de crianças no ventre? Ou sou
contra o aborto?
2) Eu quero
bandidos presos? Ou quero eles soltos?
3) Eu quero o
direito de ter armas (legítima defesa)? Ou acho só
os bandidos podem ter?
4) Eu prefiro os
valores cristãos? Ou quero que meus filhos tenham ideologia
de gênero?
5) Eu quero ter
liberdade religiosa? Ou acho que o Estado tem o direito de me
impedir?
6) Eu quero ser
livre para me expressar? Ou quero o controle
social da mídia (censura)?
7) Eu prefiro o
agronegócio forte? Ou quero o MST forte (invadindo
propriedades)?
8) Eu prefiro a propriedade
privada? Ou quero dividir à força o que conquistei
trabalhando?
9) Eu quero pagar menos
impostos? Ou acho que o Estado ainda ganha pouco?
10) Eu sou a favor
da lei e da ordem? Ou acho que a polícia não deveria existir?
11) Eu sou contra drogas
que destroem famílias? Ou quero descriminalizar
as drogas?
12) Eu quero
ladrões presos? Ou acho que pequenos furtos podem ser
descriminalizados?
Não vote em pessoas, vote em projetos.
VOCÊ DECIDE!!!
Links úteis:
(O site só reproduz matérias jornalísticas já
divulgadas em mídias de grande circulação,
conforme comprovado pela indicação dos sítios eletrônicos que atestam a fonte
de cada matéria jornalística. Desta forma, as opiniões aqui reproduzidas são de
responsabilidade dos veículos originalmente responsáveis por sua edição e não
há manipulação das informações).
https://www.mises.org.br/article/1985/20-obras-que-o-bndes-financiou-em-outros-paises
(O site fala das obras comprovadamente
financiadas pelo BNDEs, conforme informações
checadas na própria instituição sem manipulação das informações)
https://www.entregasdogoverno.com/
(O site lista as entregas conforme informações
dos sites oficiais sem manipulação das
informações https://www.gov.br/secom/pt-br | https://www.gov.br/fazenda/pt-br/orgaos/spe/estudos-economicos)
“Se as minhas
palavras estão te impedindo de fazer a escolha certa, eu, humildemente, te peço
perdão. É hora de superar todas as diferenças para proteger o futuro da nossa
nação”
As pautas defendidas com esmero e afinco demonstram a formação do
caráter, forjado pela tempera do sofrimento: PRO VIDA (contra o aborto), PRO
FAMÍLIA, PRO VALORES (morais e sociais), CONTRA DROGAS, CONTRA DOUTRINAÇÃO NA
ESCOLA (Escola sem Partido), CONTRA IDEOLOGIA DE GÊNERO (sexualização precoce
de crianças desde a primeira infância), CONTRA A PEDOFILIA.
#BrasilAcimaDeTudoDEUSacimaDeTodos
O autor:
Amilcar
Francisco Faria – Bacharel em Ciência da Computação (UFMG), Pós-graduado
em Informática e Educação e em Administração de Sistemas de Informação (UFLA),
Analista do Banco Central, Ex-Diretor de Programas de Controle Social do Instituto
de Fiscalização e Controle (IFC); Ex Representante do IFC junto ao Movimento de
Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE); Ativista autoral em política, pro-vida, sustentabilidade,
ética, filosofia e relações sociais.
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