domingo, 16 de outubro de 2022

Decidir seu voto no 2º turno (Por que? Como?)

Decidir seu voto no 2º turno

(Por que?  Como?)

Por Amilcar Faria

“O maior castigo dos bons que não se interessam por política é que serão governados pelos maus que se interessam”.

(Platão - Tradução adaptada do trecho de "A República")

A primeira eleição de que se tem notícia foi entre dois homens que estavam presos: o eleito conquistaria sua liberdade, o perdedor seria morto em praça pública.

Os candidatos eram: Barrabás, um conhecido ladrão que já havia sido condenado por muitos crimes (contra o estado e contra a população); e Jesus, um conhecido benfeitor, que comprovadamente já havia ajudado a muitos, embora nenhum deles tivesse a audácia para se colocar a seu lado contra o poder do juiz (que também era eleitor), conhecido como Poncio Pilatos.

A campanha se resumiu a algumas poucas palavras ditas pelo acusador (marketeiro) Caifaz contra outras poucas palavras ditas pelos próprios candidatos (Jesus e Barrabás).

Instigados pela astúcia ferina do “marqueteiro” (também eleitor) acostumado a induzir multidões, a maioria dos eleitores (o povo) votou no já comprovado ladrão.

Pilatos, na qualidade de eleitor, lavou as mãos deixando de exercer seu voto, assim como muitos na multidão (anulou seu voto, deixou em branco, não votou).

E o comprovado benfeitor foi assassinado após o injusto resultado dessa primeira eleição.

 

Toda eleição é um processo de tomada de decisão, e como em toda e qualquer situação dessas (tomada de decisão), é preciso fazer uma escolha, o que nem sempre é fácil.

Escolher em quem votar, por exemplo, é mais difícil do que parece.

O processo de fazer escolhas, ou seja, a tomada de decisão fica comprometida quando deixamos de usar o raciocínio e passamos a usar as emoções.

As emoções (quase sempre viscerais), assim como a memória, nos traem exatamente porque não são racionais. Mas qualquer tomada de decisão, principalmente as que vão afetar nossas vidas por um longo período de tempo, precisa ser realizada de forma racional, coerente, após uma análise lógica e fria, portanto, não emocional.

Quando vamos decidir nosso voto em alguém não devemos fazê-lo pela emoção, mas pelo raciocínio.

Mas, por que então precisamos tomar uma decisão? Por que preciso escolher?  E principalmente, se nenhum dos candidatos me parece bom,

1) Por que eu devo votar em algum deles?

Essa é a pergunta que tem a resposta mais fácil.

Quando há somente dois candidatos, como ocorre no segundo turno das eleições, você deve escolher um deles e votar nele, pelo simples fato de que, se não o fizer, estará, fatalmente, “lavando suas mãos” e aceitando incondicionalmente qualquer um que vencer.

Quem abre mão do seu voto, também abre mão do direito de reivindicar quando o vencedor fizer algo que agrida seus direitos ou os direitos dos seus filhos, netos, parentes.

Não votar, não exercer seu direito de escolha, favorece sempre o candidato mais corrupto, que mobiliza muitos oferecendo favores ilícitos ou facilidades fantasiosas, ou seja, aqueles que vão se locupletar do dinheiro público.

Devo votar em algum dos dois candidatos, mesmo que não me sinta totalmente representado por um ou por outro, porque se eu não o fizer, serei representado pelo que menos me representa.

Se o prejuízo é certo, é inteligente procurar o prejuízo menor.

Respondido o porquê, vamos agora ao como.

2) Como decidir meu voto?

Para tomar a decisão mais correta, e que irá reduzir o prejuízo de quem não se acha representado, é preciso comparar (na ponta do lápis) os programas de governo e as propostas de ambos os candidatos.

É preciso comparar os candidatos e procurar conhecer melhor o histórico de ações pregressas e as promessas de ações futuras de cada um.

Sem paixões, sem ódio, sem rancor, sem preconceitos sem viés ideológico.

Pergunte-se, questione-se:

1) o que os dois candidatos fizeram no passado?

(Roubaram? Desviaram dinheiro? Concluíram obras? Fizeram algo ilícito? Foram julgadas criminalmente? Cumpriram suas promessas? Concluíram suas obras?)

2) o que estão fazendo no presente?

3) o que eles dizem querer fazer no futuro?

4) quais as entregas foram feitas pelos dois candidatos enquanto presidentes?

(Lula, Bolsonaro)

4) qual deles defende as causas com as quais eu mais me identifico?

(Aborto? Drogas? Estupro? Propriedade privada? Liberdade de expressão? Liberdade religiosa? Armas? Legítima defesa? Defesa de criminosos ou das vítimas?

5) qual o público irá votar em dada um?

(Ladrões? Estupradores? Traficantes? Corruptos? Banqueiros? Cristãos? Idosos? Crianças? Famílias? Pastores?

6) com quais eleitores de cada candidato eu me identifico mais?

(Ladrões? Estupradores? Traficantes? Corruptos? Banqueiros? Cristãos? Idosos? Crianças? Famílias? Pastores?)

Hoje em dia, as pessoas não dependem mais da velha imprensa para obter informações e notícias. Não estão mais sujeitas à manipulação de sua opinião por âncoras de telejornais em horário nobre.

Qualquer um, atualmente, tem um celular e consegue acessar a internet. Qualquer um consegue formar sua própria opinião sem ser massa de manobra de manipuladores hipócritas de informações distorcidas, de notícias falsas.

Nem a desculpa de ter memória curta as pessoas tem mais, uma vez que o amplo acesso à internet permite resgatar ações e palavras dos próprios candidatos.

E é exatamente por isso que uma das vertentes quer muito implantar o chamado CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA, ou seja, querem regulamentar os meios de comunicação, ou ainda censurar O SEU acesso à informação.

Nesse segundo turno das eleições presidenciais de 2022, mais do que uma contraposição de pessoas, mais do que Lula versus Bolsonaro, temos a contraposição entre dois projetos políticos para o país.

Temos que escolher entre um projeto socialista e um projeto capitalista, temos que escolher entre um projeto que quer mais controle estatal e menos liberdades para os indivíduos e um que quer mais liberdade e menos controle estatal sobre os indivíduos.

Precisamos responder, para nós mesmos, algumas perguntas importantes:

1) Eu concordo com o assassinato de crianças no ventre? Ou sou contra o aborto?

2) Eu quero bandidos presos? Ou quero eles soltos?

3) Eu quero o direito de ter armas (legítima defesa)? Ou acho só os bandidos podem ter?

4) Eu prefiro os valores cristãos? Ou quero que meus filhos tenham ideologia de gênero?

5) Eu quero ter liberdade religiosa? Ou acho que o Estado tem o direito de me impedir?

6) Eu quero ser livre para me expressar? Ou quero o controle social da mídia (censura)?

7) Eu prefiro o agronegócio forte? Ou quero o MST forte (invadindo propriedades)?

8) Eu prefiro a propriedade privada? Ou quero dividir à força o que conquistei trabalhando?

9) Eu quero pagar menos impostos? Ou acho que o Estado ainda ganha pouco?

10) Eu sou a favor da lei e da ordem? Ou acho que a polícia não deveria existir?

11) Eu sou contra drogas que destroem famílias? Ou quero descriminalizar as drogas?

12) Eu quero ladrões presos? Ou acho que pequenos furtos podem ser descriminalizados?

Não vote em pessoas, vote em projetos.

VOCÊ DECIDE!!!

Links úteis:

https://lulaflix.com.br/  

(O site só reproduz matérias jornalísticas já divulgadas em mídias de grande circulação, conforme comprovado pela indicação dos sítios eletrônicos que atestam a fonte de cada matéria jornalística. Desta forma, as opiniões aqui reproduzidas são de responsabilidade dos veículos originalmente responsáveis por sua edição e não há manipulação das informações).

https://www.mises.org.br/article/1985/20-obras-que-o-bndes-financiou-em-outros-paises

(O site fala das obras comprovadamente financiadas pelo BNDEs, conforme informações checadas na própria instituição sem manipulação das informações)

https://www.entregasdogoverno.com/

(O site lista as entregas conforme informações dos sites oficiais sem manipulação das informações https://www.gov.br/secom/pt-br | https://www.gov.br/fazenda/pt-br/orgaos/spe/estudos-economicos)



“Se as minhas palavras estão te impedindo de fazer a escolha certa, eu, humildemente, te peço perdão. É hora de superar todas as diferenças para proteger o futuro da nossa nação”

As pautas defendidas com esmero e afinco demonstram a formação do caráter, forjado pela tempera do sofrimento: PRO VIDA (contra o aborto), PRO FAMÍLIA, PRO VALORES (morais e sociais), CONTRA DROGAS, CONTRA DOUTRINAÇÃO NA ESCOLA (Escola sem Partido), CONTRA IDEOLOGIA DE GÊNERO (sexualização precoce de crianças desde a primeira infância), CONTRA A PEDOFILIA.

 

#BrasilAcimaDeTudoDEUSacimaDeTodos


O autor:

Amilcar Francisco Faria – Bacharel em Ciência da Computação (UFMG), Pós-graduado em Informática e Educação e em Administração de Sistemas de Informação (UFLA), Analista do Banco Central, Ex-Diretor de Programas de Controle Social do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC); Ex Representante do IFC junto ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE); Ativista autoral em política, pro-vida, sustentabilidade, ética, filosofia e relações sociais.

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