quinta-feira, 30 de maio de 2013

A arte conta a vida (até em plágio)!

A arte conta a vida (até em plágio)!
                                                           
“A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida...” (Oscar Wilde)
“A maquilhagem diz-nos mais que o rosto.” (Oscar Wilde)
 
 
 
Mas se a arte conta da vida por compromisso do sentimento do autor, o plágio conta a vida por compromisso da arte com a verdade e pelo descontentamento com a ilusão desfeita a golpes de corrupção!

Neste caso a arte conta uma ficção e o plágio conta uma triste realidade com um final utópico e não acontecido em 2013 (esperemos que não ainda...)

Fonte: Youtube, canal Revoltados ON LINE, visitado em 28/05/2013. Endereço:
 
(Para OUVIR, PENSAR E REFLETIR)



Abraço Fraterno,
Amilcar Faria.

(Que os Bons não Silenciem aumentando o barulho dos maus!)
Siga no Twitter: @AmilcarFaria
Facebook: amilcar.faria.5 
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"Sozinhos somos presas, juntos somos predadores!
Sozinhos, sem pensar, somos presas fáceis.
Individualmente, mas pensando, somos presas difíceis.
Juntos, sem pensar, somos presas muito difíceis.
Juntos, pensando, somos predadores!
Juntos somos mais; pensando somos imbatíveis!" (Al'Camir)
Leia também:

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Marina Silva - Mensalet



Marina Silva - Mensalet
                                                           
Fonte: Folha de S. Paulo , visitado em 24/05/2013. Endereço:

“Aqueles que corrompem a opinião pública são tão funestos como aqueles que roubam as finanças públicas”. (Adlai Stevenson )


Na reflexão da ex-senadora Marina Silva, a mídia convencional possibilitava condução da opinião pública por informar verdades parciais de forma tendenciosa (os autores podiam ser responsabilizados por inverdades).

A internet inova pela liberdade e velocidade, mas possibilita a condução da opinião pública por disseminação de mentiras e interpretações distorcidas (os autores acham que não podem ser responsabilizados) realizadas por meio de perfis de usuário falsos.

“No universo das mídias, as virtudes da credibilidade e a opinião informada convivem com os vícios dos preconceitos, mentiras e desinformação.” (Marina Silva)

Mensalet
Por Marina Silva*
Nos anos da ditadura militar, vivíamos sob censura. Liberdade de imprensa era um sonho, às vezes regado com lágrimas e sangue. Conquistada ao menos uma parte da liberdade, passamos a lutar contra o monopólio das mídias, o controle de poucas pessoas e empresas, a filtragem política e econômica das notícias e o resultado perverso: manipulação da opinião pública.

O caso clássico, que muitos lembram com certa nostalgia, é a edição do debate entre Lula e Collor nas eleições de 89. A seleção dos trechos que prejudicavam Lula ficou, na indignação de seus partidários e da opinião pública, como exemplo de uso criminoso da mídia a ser sempre repudiado.

Agora temos a internet, com liberdade e velocidade antes inimagináveis. A militância dirigida, de partidos e outras organizações, é confrontada pela nova militância autoral de indivíduos livres para defender as causas que escolhem. Também a imprensa tradicional tem que disputar opinião pública com um jornalismo autoral, avulso e diversificado.

No universo das mídias, as virtudes da credibilidade e a opinião informada convivem com os vícios dos preconceitos, mentiras e desinformação.

Dois mundos, real e virtual, se interpenetram, com invasões súbitas. Nesta semana, uma onda de pânico levou os beneficiários do Bolsa Família aos bancos, com o boato de sua extinção se espalhando sem origem nem autoria. Segue-se a troca de acusações e os donos das pranchas políticas tentam "surfar" na onda.

Acontece que o atraso também buscou o novo ambiente. Nesta semana, quando a edição maldosa do "Diário de Pernambuco" me acusando de defender o deputado Feliciano e suas ideias equivocadas ainda nublava algumas mentes e corações bem-intencionados, surgiu outra difamação tentando me associar a um criminoso do Paraná. Ao respondê-la, localizei um perfil falso que disseminava a mentira para vários sites. Depois encontrei outros perfis falsos, agindo coordenados.

Na eleição de 2010 já era visível essa militância dirigida, que depois se profissionalizou. Várias organizações mantêm suas brigadas digitais, com "editores" dos debates e notícias cujos critérios são os interesses de seus patrões. Uma investigação detalhada poderia mostrar essa espécie de "mensalão da internet", uma indústria subterrânea da calúnia.

Pessoas melhor informadas não se enganam, especialmente quem viveu o tempo da censura e viu os casos de manipulação da mídia. Mas ainda há muita gente que não verifica as fontes e se assusta com boatos.

Enquanto esses esquemas não se tornam mais visíveis, vamos navegando e cultivando a democracia como um ambiente de aprendizado, de persistência em busca da verdade. Só ela pode honrar a liberdade que lutamos para conquistar.



* Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na versão impressa da Página A2.



domingo, 12 de maio de 2013

Por que passamos a odiar o serviço público, o Estado, a política e os políticos?


                                                           
Na reflexão de Luiz Flávio Gomes, o consumo individualista é a principal causa deste ódio: “Tudo que é estatal é visto, hoje, com desconfiança, com descrédito. Isso se passa com a educação, saúde, polícia, Justiça”

Fonte: Congresso em Foco , visitado em 12/05/2013. Endereço:
 

Por Luiz Flávio Gomes*
Quando um jovem domesticado pelo consumismo contemporâneo conversa com pessoas sexagenárias ele escuta histórias incríveis, como a da boa qualidade da educação nas escolas públicas, que antigamente a polícia e a Justiça funcionavam bem (ou muito melhor que hoje), que os presídios não eram tão deteriorados, que se podia despreocupadamente andar à noite pelas ruas da cidade etc. O serviço público ou, pelo menos, alguns setores do serviço público funcionam bem.

O que caracterizava esse bom serviço público? A padronização, que facilita o gerenciamento burocrático assim como a realização do ideal de igualdade (mesmo serviço para todas as pessoas), que está na raiz da distribuição dos bens públicos nos estados com baixa desigualdade.

Ocorre que, a partir dos anos 80, para salvar o modelo capitalista que entrava em recessão, desenvolveu-se uma nova cultura, a do consumismo individualista, personalizado, egoísta, que promove a socialização material do indivíduo assim como sua diferenciação, conferindo-lhe status; essa nova cultura conflita radicalmente com o serviço público padronizado, generalizador, burocratizado. O serviço público, prestado pelos agentes e autoridades do Estado, caiu em desgraça, porque não atende o desejo (a lei) de diferenciação do consumidor, que passou a ser oferecido pelo mercado (veja W. Streeck, em Piauí, 79, p. 61).

A partir do momento em que nossos desejos começaram a se dirigir para o produto ou o serviço personalizado, individualizado, estratificado ou sofisticado, que não é evidentemente prestado pelo Estado, passamos a odiá-lo (ou a refutá-lo), até por uma questão de diferenciação de grupos ou classes (dá status ter um carro, especialmente quando personalizado, um atendimento médico distinguido, colocar o filho numa escola cara, frequentar lugares ricos etc.). Primeiro caiu em desgraça o Estado, depois o serviço público (os serviços privados seriam mais eficientes); logo a contaminação alcançou também a política e os políticos (que enfrentam uma brutal senão a pior crise de credibilidade).

Tudo que é estatal é visto, hoje, com desconfiança, com descrédito. Isso se passa com a educação, saúde, polícia, Justiça, agências públicas, infraestrutura governada pelo poder público (aeroportos, portos, estradas, hospitais) etc.

Não há como não reconhecer que as democracias ocidentais passaram por uma profunda transformação neoliberal, que resultou mais acentuada em países com tradição escravagista (como o Brasil). O que Albert Hirschman escreveu sobre as ferrovias estatais da Nigéria (veja W. Streeck, em Piauí, 79, p. 65), bem sintetiza a nossa atual realidade: “Conforme os mais ricos perdem o interesse pelo serviço coletivo, e se voltam para as alternativas privadas – mais caras, mas, para eles, acessíveis -, sua saída acelera a deteriorização dos trens públicos e desestimula o seu uso, mesmo entre aqueles que dependem deles porque não podem pagar por alternativas privadas”.

Ou seja: o serviço público (educação, saúde, segurança etc.) consegue manter um certo nível de satisfação enquanto é utilizado também pelos ricos. Aquilo que não é usado pelos ricos se deteriora. Isso explica, adequadamente, a razão pela qual os presídios nunca constituíram um bom serviço público. Quando os ricos (os que podem pagar) deixam de utilizar um determinado serviço ou bem público, em razão da lei da diferenciação do consumidor, vem o colapso. Esse é o motivo pelo qual o BNDES tem vida longa.

* Luiz Flávio Gomes, jurista e presidente do Instituto Avante Brasil, está no blogdolfg.com.br.

O negócio agora é produzir!

                                                           
“O que nos alimenta hoje é a produção de conhecimento. Produzir, armazenar e disponibilizar. Depois produzir mais, armazenar mais ainda e tornar tudo acessível. É a nova onda! Fique atento ou ficará pra trás.”

Fonte: Blog Reino do Ibisco , visitado em 12/05/2013. Endereço:


Por Giovanne Bicalho*


O negócio agora é produzir!!

Não produzir produtos.

Isso já está ultrapassado há décadas.

O que nos alimenta hoje é a produção de conhecimento. Produzir, armazenar e disponibilizar. Depois produzir mais, armazenar mais ainda e tornar tudo acessível. É a nova onda! Fique atento ou ficará pra trás.

Falando em ficar pra trás, quem não sabe inglês já ficou. Já era. Graduação é coisa de fracassado, coisa de século XX. Sem um Mestradozinho que seja nem adianta espalhar currículos. Não há empregabilidade e ponto final.

Não produziu conhecimentos? Artigo, Blog, Encontro, Seminário, Conferência, Referência, notinha de jornal que seja? Ficou pra trás!

A era da competição! Quem não compete não sai da escola. Você deve estar acima do outro. Ou melhor. Todos devem estar acima de todo mundo. Não há espaço pra tanta gente assim. Só os melhores. Só os me-lho-res!

E seu perfil, é adequado? Seu trabalho é sua vida. Sua vida é virtual. Seu trabalho é o Facebook! Vamos averiguar! Não usa Twitter? Ficou pra trás.

- Próximo!

Linked-in desatualizado? O mundo gira rápido. Tudo é instantâneo. Postei sua foto no Instagram. Ainda não viu? Não é antenado.

- Manda a fila andar!

E a fila anda. Como anda. Tem que estar preparado. O mundo é cruel. Globalização. Crescimento. Dinheiro. Lucro. Percentual. Avanço. Tá captando?

- Próximo!

Não existe papel. Mesa? Coisa da Idade média! Cada um traz o seu Ipod, Iped, Tablete se liga no Wi-fi com Blue-High e se conecta na rede social. Tá por dentro?

Todo mundo atento. Tô transmitindo no Youtube. Te chamo no Chat e me responde por sms no Whatsapp. Não é smartphone?

- Próximo!

- Próximo!!!

- PRÓXIMO!!!!

Paisinho de desqualificados! Mão-de-obra barata!

Por isso esse país não vai pra frente!



* Giovanne Bicalho é servidor público e está no www.reinodoibisco.blogspot.com.br.