O desenvolvimento sustentável é uma necessidade mundial. As necessidades mundiais são a soma das nacionais. Para contribuir com o desenvolvimento sustentável do mundo precisamos começar pelo nosso.
Segundo o professor Ricardo
[Abramovay][1], no tocante ao desenvolvimento sustentável:
O maior desafio da
governança contemporânea, é fazer mais e menos, ao mesmo tempo.
É imensa a pressão de novos consumidores
sobre os ecossistemas, apesar do avanço científico e das inovações tecnológicas
terem permitido fazer mais com menos. Contudo, por mais se
intensifique a inovação, ela não será capaz de compensar os efeitos do
crescimento econômico acelerado porque os ganhos de eficiência são
contrabalançados pelo incremento no consumo e na produção.
Não há governança do
desenvolvimento sustentável sem atacar as desigualdades, não
só de renda, mas do uso de recursos naturais cada vez mais escassos, e cuja
exaustão ameaça a própria vida social.
Segundo ele, precisamos fazer
MAIS (EDUCAÇÃO, saneamento, acesso à
água e energias modernas) e também fazer MENOS (emissões; carros; CONSUMO
de produtos, materiais e água; alimentos não saudáveis), mas a governança
atual, que até tem aprendido a fazer MAIS, ainda não aprendeu a fazer MENOS.
Não obstante a concordância com o argumento
defendido pelo professor seja inelutável, acredito que, sob outra perspectiva,
talvez a governança ainda não tenha aprendido a fazer menos porque NÓS ainda não aprendemos
a fazer melhor e pior ao mesmo tempo. Precisamos
fazer MELHOR a governança (governo) assim como precisamos fazer PIOR a falta de
envolvimento político.
Precisamos fazer MELHOR
(POLÍTICA, EDUCAÇÃO, ciência, saúde, segurança) e PIOR (POLITICAGEM,
idolatria ao futebol ou religiosa, falta de valores). No Brasil fazemos, talvez
bem demais (daí a necessidade de fazer pior), a politicagem; a idolatria ao
futebol, ao carnaval ou a uma religião (sempre intolerante e dona da verdade
absoluta em detrimento das demais religiões).
Para conseguir fazer o MAIS e MENOS
o principal investimento, por basilar aos demais é a EDUCAÇÃO!
Para conseguirmos fazer o MELHOR e PIOR
o principal investimento, por basilar aos demais é a POLÍTICA!
Se na economia temos vivido, desde a
revolução industrial, a ditadura do consumo, na política estamos vivendo, desde
a retomada da nossa jovem democracia, a ditadura da corrupção, fato comprovado
pelo crescente número de escândalos de corrupção que tem assolado nosso país.
Tal corrupção parece não depender mais de
corrente ideológica política, de raça, de credo religioso, de idade ou até de
partido e é fruto de uma generalizada falta de politização da população. Essa
despolitização é explicada, em alguma parte, pelo longo período de ditadura
militar que desfavorecia à tortura as iniciativas políticas.
Mas é importante lembrar que o império
da corrupção termina onde começa o império da punição.
Tão importante quanto fazer MAIS e MENOS é
fazer também MELHOR e PIOR ao mesmo tempo.
Há que se notar que algumas ações
frutificam não só no mais e menos quando no melhor e pior, mas a principal
delas é a educação.
Só a EDUCAÇÃO (mais e melhor) pode
tornar o Brasil um país desenvolvido, com qualidade de vida para todos nós!
E não adianta querer um país melhor PARA
MIM, porque enquanto ele não for melhor PARA NÓS, ele não será melhor PARA
NINGUÉM!
Por isso defendo algumas ações que podem
começar a surtir efeito para uma MUDANÇA NECESSÁRIA e são elas:
1) que nos mobilizemos para uma
efetiva melhoria dos investimentos em educação integral: desde a educação
de base até a superior, passando pela profissionalizante, nos moldes do que fez
o Japão: com extrema vinculação e aproximação da escola com as indústrias;
2) que as pessoas se interessem mais
por política: não pela politicagem praticada nos moldes de hoje. Que escolham as pessoas
íntegras e honestas (existem alguns exemplos como o Reguffe-DF, Carlos
Sampaio-SP) e que se não encontrarem bons candidatos, que mais pessoas íntegras
se candidatem para fazer a diferença;
3) que as pessoas acompanhem mais de
perto seus candidatos eleitos: e cobrem deles ações efetivas em prol do que acreditam.
Hoje, com um click do mouse você consegue acompanhar seu representante “como
nunca antes na história desse país”; [Projeto EXCELENCIAS][2]
4) que cobremos voto aberto e nominal
para todas as votações parlamentares: o representante deve absoluta transparência a quem ele
representa. O controle dos eleitores é imprescindível para que os políticos se
mantenham fiéis aos seus representados e tal controle só se dá quando o eleitor
tem acesso a TODAS as posições e votações dos que o representam;
5) que nos mobilizemos pela “PENA DE
MORTE POLÍTICA”: SE CORRUPTO, NUNCA MAIS SERÁ ELEGÍVEL. Atualmente a punição de suspenção de direitos políticos é
de 8 anos, mas sendo a CORRUPÇÃO UM CRIME MAIS QUE HEDIONDO porque mata o mais
necessitado, aquele que mais precisa do amparo do estado, tal punição deveria
ser de no mínimo 20 a 30 anos!
As redes sociais são a Vanguarda de uma
Nova Política. Encurtam distâncias entre os que pensam, os que agem, os que
são!
Mobilizemo-nos então para MAIS e MELHOR:
EDUCAÇÃO e POLÍTICA!
[1] Fazer mais e
menos ao mesmo tempo (Ricardo Abramovay):
[2] Projeto
excelências do Portal da Transparência: http://www.excelencias.org.br/
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