segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

                                                                                                    
Fonte: Repórter Brasil Online, visitados em 10/12/2012. Endereço:


Descrição Video
A Bélgica provou que a Internet pode mesmo ser um perigo. É o que mostra o Outro Olhar de hoje. A produção é da Federação Belga do Setor Financeiro.

Se uma imagem vale mais que mil palavras, a sequência de imagens que forma um vídeo vale mais que um milhão delas.

Assim sendo, veja o vídeo, aprenda e mude suas atitudes!

Publicado em


Exposição na internet deixa usuários vulneráveis a golpes




Fonte: Site GLOBO.COM, visitados em 11/12/2012. Endereço:
 
Teste com vidente revela como é possível ter acesso a informações pessoais publicadas voluntariamente na rede.

Um homem capaz de adivinhar o nome dos seus amigos, parentes. De saber onde você passou as férias. Um vidente que revela seus segredos mais íntimos. Verdade ou farsa? Nesta reportagem você vai descobrir detalhes da sua vida é bem mais fácil do que você imagina. Que poder tem Gabriel, o vidente que desvenda todos os segredos? Comunicação com espíritos? Leitura da mente? Paranormalidade? 


Ele desvenda todos os segredos. A tenda do vidente foi montada em um shopping no Rio de Janeiro. Convidamos freqüentadores para testar os poderes dele. As pessoas entram um pouco desconfiadas, descrentes.

Gabriel se concentra, diz que vai estabelecer uma conexão energética e começa a revelar segredos, nomes de pessoas queridas, datas importantes. Ele consegue saber onde a pessoa mora e até o número do telefone. O vidente revela os lugares por onde a pessoa andou recentemente e mesmo detalhes muito pessoais, como o apelido do marido. Ele sabe até o que mexe com cada um, o que toca fundo.

Como ele sabe de tudo isso? Qual o segredo desse poder impressionante?

Tudo que parecia segredo estava bem ao alcance de qualquer um, fácil de achar na rede mundial de computadores. A revelação surpreende.

O vidente brasileiro foi inspirado em um vídeo que já tem mais de três milhões de acessos na internet e mostra como é fácil roubar dados pessoais. É uma campanha da federação do setor financeiro da Bélgica.

É um truque fácil de ser feito. Bastou pegar o nome da pessoa na entrada. Assim que ela entrou na tenda, a equipe do especialista em crimes da internet Wanderson Castillho começou a procurar os dados em redes sociais ou mecanismos de busca. Usando um rádio, Wanderson passava as informações para o falso vidente, na verdade, um ator, que caprichou no papel. E muita gente acreditou que ele tinha poderes sobrenaturais. Até informações que a pessoa considerava confidenciais estavam disponíveis na rede.

O vidente não tem poder sobrenatural nenhum. O teste foi para mostrar como é possível saber tudo sobre a vida de uma pessoa usando apenas a internet. Foi uma simulação, mas há inúmeras quadrilhas procurando vítimas no mundo virtual, usando informações dadas voluntariamente por milhões de pessoas e causando prejuízos milionários.

Um estudo de uma empresa de segurança de internet mostrou que, somente em 2011, os crimes virtuais causaram um prejuízo de R$ 16 bilhões no Brasil e atingiram 28 milhões de pessoas, como Eloy Tuffi, empresário bem sucedido do ramo de informática. Ele é namorado da miss Campinas, de 21 anos. Talvez por inveja ou interesses financeiros, alguém criou um blog especializado em falar mal dele, inventar notícias falsas. Segundo o blog, Tuffi faliu várias empresas.

O blog já criou constrangimentos e prejuízos. “Muitos futuros franqueados não fecharam contrato comigo justamente por causa dessas coisas que aparecem nas redes sociais”, conta ele.

Eloy e outros empresários de São Paulo, com o mesmo problema, entraram na Justiça, mas não conseguem tirar as páginas do ar. O material com difamações está em um servidor nos Estados Unidos, que não tem obrigação legal de cumprir ordens da justiça brasileira. A polícia de São Paulo já sabe quem estava alimentando o blog.

Os policiais descobriram que os sites e blogs com difamações eram atualizados em um computador em uma pequena lan house no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Para apanhar o responsável foi preciso paciência. Durante dez dias, eles ficaram de olho na loja e na internet. Até que o suspeito voltou ao local do crime. Ele digitou um texto no computador. Na hora em que tentou publicá-lo na internet, os policiais que estavam no local, receberam um alerta e o prenderam em flagrante.

A polícia agora investiga quem contratou os serviços dele. Segundo investigadores, um blog com difamações pode custar até R$ 60 mil.

“Difamação profissional. Existem pessoas hoje contratadas, inclusive por empresas, visando denegrir a imagem de concorrentes e não só de empresas, mas pessoas que querem se vingar. Pessoas que usam a própria internet e as suas ferramentas para pesquisar tudo aquilo que elas podem, todo tipo de informação da pessoa que eles querem difamar”, explica Renato Opice Blum.

No mundo real, pouca gente teria coragem de enfrentar Ricardo Arona. Mas, protegidos pelo anonimato, criminosos da internet estão infernizando a vida do lutador. No mundo virtual, ele é mais uma vítima tentando se defender.

Se no octógono, Arona se vira sozinho, na internet, pediu ajuda à polícia. É só entrar nas redes sociais e digitar Ricardo Arona. Aparece uma enorme lista, quase duzentos perfis. Nenhum feito por ele. Alguém se passa por Ricardo, marca apresentações e até fecha contratos.

“Tive problemas com marcação de trabalhos, palestras que são tanto no Brasil como no exterior. Ele também se comunica e também marca trabalhos para mim no exterior, nos Estados Unidos, na Europa também”, conta o lutador.

Eloy e Ricardo são pessoas públicas, o que facilita o trabalho das quadrilhas, mas há milhões de pessoas expondo a sua vida privada para quem quiser ver.

Segundo a pesquisadora Paula Chimenti, a internet potencializa duas necessidades básicas do ser humano. “Você coloca um comentário, alguém já diz que isso é legal. Você já fica feliz com aquilo. A gente precisa pertencer a um grupo para se sentir seguro, para se sentir feliz. E a gente precisa, dentro desse grupo, ser reconhecido como alguém legal, importante, diferente, interessante”, avalia.

E as informações divulgadas pelos próprios usuários ficam ao alcance dos mais temidos criminosos da internet, os hackers, capazes de roubar todas as informações de um computador.

Em Brasília, a polícia prendeu, no mês passado, Douglas de Lima Santos, de 21 anos. Ele gastou mais de R$ 11 mil em um quarto de luxo e festas em um hotel. O cartão de crédito era falso, obtido com dados roubados da internet. A quadrilha dele desviou uma pequena fortuna.

“Em torno de R$ 40 milhões. E foram gastos com festas, com viagens, com presentes, com frete de aviões”, diz Marco Antônio de Almeida.

Vamos voltar à tenda do vidente. Quando Leonardo entrou na tenda, a equipe do Fantástico não poderia imaginar que ele teria a reação que teve. Foi só o ator que se passa por vidente revelar o nome da namorada para ele acreditar totalmente que estava diante de alguém com poder para normal.

Os especialistas em internet descobriram que Leonardo gosta de cães e ele acabou revelando um sonho: abrir uma empresa para cuidar de animais. Quando a verdade foi revelada, foi um choque.

O advogado Renato Opice Blum, especialista em crimes na internet, diz que as pessoas devem tomar cuidado para não se expor demais: “Tudo aquilo que puder causar um prejuízo para ela no futuro - uma fotografia numa situação mais sensível, um vídeo, um texto mais agressivo, algo que possa revelar um segredo - isso não deve ser divulgado”.






 
FONTE: SITE GLOBO.COM – FANTÁSTICO
Reportagem exibida dia 21/10/12

domingo, 9 de dezembro de 2012


                                                                                                    


“Outro dia, tive o privilégio de fazer algo que adoro: fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto dos seus 70 anos. Gosto disso. São raras as chances que temos de escutar suas histórias e absorver um pouco de sabedoria das pessoas que já passaram por grandes experiências nesta vida.
Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios, mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios. Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele:
- Pois é. Empresário, hoje, tem que matar um leão por dia.
Sua resposta, rápida e afiada, foi:
-Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele.
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
- Deixe-me lhe contar uma história que quero compartilhar com você.
Segue, mais ou menos, o que consegui lembrar da conversa:
- Existe um ditado popular antigo que diz que temos de “matar um leão por dia”. E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão.
- A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase.
- Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão. Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia?
- Pois bem. Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma. Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado! A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente. Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar alguém, que hoje é nosso diretor-geral.
- Este “fracasso” me fez pensar muito. O que fiz de errado no meu plano de sucessão? Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: a culpa foi do leão.
Novamente, eu fiz cara de surpreso. O que o leão tinha a ver com a história?
Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:

- É. Pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma. Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles. Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos. Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada, que era o mais importante. Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios.
- Com grandes desafios, nos tornamos grandes. Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos.
- Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser.
- Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele. A metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso. Porque o dia em que o leão, em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.
- Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer, ser mais forte, e me virar nesta selva em que vivemos.”
Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer, ser mais forte, e "me virar" nesta selva em que vivemos.”
(Pierre Schermann).

"Portanto, não matem um leão por dia, mas sim aprendam a amar o seu. A capacidade de luta que há em você, precisa de adversidades para revelar-se".
É a adversidade do fogo que transforma a carne crua em alimento saudável;
É a adversidade do corte do arado que transforma a terra compactada em terreno de cultivo;
É a adversidade do passar do tempo que transforma o discípulo insipiente em mestre experimentado!

 
 ela nos fortalece!
  
A adversidade não nos mata:    





Melhor que matar um leão por dia é aprender a domá-lo:

http://blig.ig.com.br/opsib2009/2009/06/19/melhor-que-matar-um-leao-por-dia-e-aprender-a-doma-lo/





quarta-feira, 21 de novembro de 2012

                                                                                                      
Fonte: Blog Livros e Bicicletas, visitado em 21/11/2012. Endereço:


Nos primórdios deste blog, escrevi um artigo sobre gênios que andam de bicicleta. Schrödinger, Niels Bohr, Einstein em sua famosa foto.

Catherine Hess vai além e afirma que todas as pessoas que andam de bicicleta são geniais. Ou dizendo de outra forma – sem apelar para a hipérbole: todo ciclista usa capacidades excepcionais do ser humano, ainda desconhecidas pela ciência.

E quem é Catherine Hess? Pesquisadora posgraduada em antropologia na Universidade de Bournemouth, cidade do litoral sul da Inglaterra. Catherine Hess ganhou esta semana a menção honrosa do prêmio Wellcome Trust science writing prize com o ensaio “As easy as ride a bicycle?”.



Eis a seguir o artigo, na íntegra, traduzido por mim. Os links internos levam a textos em inglês (que também serão traduzidos e postados aqui no blog):


Tão fácil como andar de bicicleta?
Catherine Hess

A maioria de nós se lembra da primeira bicicleta. É um rito de passagem, simbolizando nossa transição de criança “pequena” para criança “grande”. Ainda mais emocionante é o dia em que conseguimos dar o primeiro passeio sem rodinhas. O que a maioria de nós não percebe é quão complexa a arte de andar de bicicleta realmente é. Tão complexa, de fato, que pesquisadores estão apenas começando a investigar como é possível nós conseguirmos nos impulsionar em duas rodas finas, constantemente balançando para frente e para trás com o movimento de nossas pernas; simultaneamente nos deslocando por várias superfícies enquanto tentamos evitar inúmeros obstáculos.

Mais extraordinário ainda é o que o ato de andar de bicicleta pode nos dizer sobre o cérebro humano. Em 2010, pesquisadores da Holanda publicaram um dramático estudo de caso no New England Journal of Medicine. Médicos pesquisadores na Radboud University, em Nijmegen, examinaram pacientes que sofrem com a doença de Parkinson, uma doença neurológica que resulta em tremores e movimentos musculares involuntários. Em casos graves, o Parkinson afeta o equilíbrio, a coordenação e o controle de pernas e braços e pode deixar os pacientes incapazes de andar ou realizar tarefas básicas.

Um destes pacientes, um homem de 58 anos, sofreu o que os pesquisadores chamam de “congelamento da marcha”. Ele era incapaz de andar ao ponto de precisar de guias visuais para ajudá-lo a colocar um pé na frente do outro. Era incapaz de virar-se durante a caminhada. Depois de alguns passos o paciente perdia o equilíbrio e exigia sua cadeira de rodas.

Surpreendentemente, no entanto, este paciente ainda consegue andar de bicicleta. Impecavelmente. Este vídeo, apresentado com o estudo de caso publicado (e agora disponível no YouTube), mostra o paciente, com fortes tremores em seus braços, arrastando-se lentamente e erraticamente por um corredor, enquanto é guiado por outra pessoa. Após alguns passos, ele começa a tropeçar até cair no chão.

Num segundo vídeo, ele é visto andando de bicicleta com movimentos e equilíbrio perfeitos, os tremores acentuados em seus braços se foram e ele pedala num ritmo consistente e com perfeito equilíbrio e coordenação. Ele pedala longe da câmera, se vira e pedala de volta, reduzindo a velocidade até parar e desmonta perfeitamente. Uma vez desmontado, no entanto, é incapaz de caminhar.

Este fenômeno é chamado cinésia paradoxal. Embora os mecanismos envolvidos ainda não sejam compreendidos, o conhecimento é inestimável. Pode levar a novas formas de terapias e exercícios físicos para pessoas com doença de Parkinson ou outras doenças neurológicas que afetam o movimento, coordenação ou equilíbrio.

Atualmente, o “aviso da bicicleta” está sendo sugerido como uma maneira eficaz e barata para diferenciar entre o Parkinson e uma forma mais rara e atípica da mesma doença. Um modo de diferenciar as duas doenças é a capacidade ou a perda da capacidade de andar de bicicleta. Os indivíduos com Parkinson que sabiam andar de bicicleta antes do início dos sintomas mantêm a capacidade de pedalar. Aqueles com o Parkinson atípico não conseguem.

Mas como é possível um homem andar de bicicleta quando ele vive, na verdade, preso a uma cadeira de rodas? Mais admirável ainda, como é que alguém se adapta ao turbilhão sensorial que é andar de bicicleta? As equipes de investigação da Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, e na Universidade de Delft, Holanda, estão tentando descobrir. O que eles descobriram é surpreendente.

Presumimos que andar de bicicleta é tão fácil como, bem, como andar de bicicleta, acontece, porém, que não é nada disso. Liderados pelos professores Mont Hubbard e Ron Hess, pesquisadores americanos estão tentando modelar as interações homem-bicicleta de forma semelhante às interações piloto-avião ou motorista-carro. No entanto, há muitos mais processos físicos e neurológicos envolvidos no andar de bicicleta do que dirigir um carro.


“Andar de bicicleta envolve o uso contínuo de todas as capacidades sensoriais primárias do ser humano, visual, vestibular [equilíbrio] e proprioceptivo [a consciência do próprio corpo e do posicionamento dos membros]“, diz Hess. “O último envolve sensores nos braços que fornecem informações sobre os estímulos de controle da direção. O que é mais interessante ainda é a capacidade dos ciclistas treinados para andarem de bicicleta ‘sem as mãos’”.

Uma pesquisa recente da Universidade da Califórnia, Davis, demonstrou como movimentos sutis do corpo do ciclista permitem fazer isto.

“Imagine tentar esta técnica de controle em um automóvel ou um avião”, diz Hess.

O objetivo desta pesquisa é entender como o ciclista interage com o meio ambiente e a bicicleta, e desenvolver bicicletas que maximizem o desempenho, para um ciclista do Tour de France ou um ciclista deficiente necessitando de maior estabilidade ou controle.

O que está claro a partir de pesquisas tanto sobre o cérebro humano quanto sobre a bicicleta é que, apesar da simplicidade da bicicleta, ainda temos muito que aprender sobre como conseguimos controlá-la, e o que acontece no cérebro quando fazemos isto. Nosso primeiro passeio vacilante de bicicleta, então, torna-se um evento muito mais extraordinário do que imaginávamos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Fonte: Blog Meus momentos de Lucidez. Visitado em 11/11/2012. Autorizada Publicação em 13/11/2012. Endereço:



É mais ou menos assim que funciona quando estamos em um dia de fúria e alguém chega para nos falar de coisas que não estamos afim de ouvir: nem sempre conseguimos conciliar paciência com boa educação e acabamos metendo os pés pelas mãos agindo e falando impensadamente .
Sempre fui adepta da sinceridade. Gosto de pessoas desse nível, que se alimentam de boas palavras e princípios, que falam com franqueza sem deixar vestígios de dúvidas, que expõe sua opinião com delicadeza, mas que, quando abrem a boca, são respeitadas pela forma como se expressam: convictas do que falam, mas deixando uma semente chamada respeito. 
Abomino aqueles que fazem do momento um palanque de circo, sempre tentando expor e impor o que sentem de forma grosseira; que armam barracos desnecessários, machucam, ofendem e batem no peito dizendo "Desculpem, mas eu sou sincero(a)", privando-se e eximindo-se da boa educação, dos bons costumes e dos princípios básicos que todo ser humano adquire ao nascer pela simples condição de ser gente.
Para toda ação há uma reação. Somos livres para fazer e falar o que quisermos desde que estejamos preparados para o que poderá vir a ser consequência disto. A árvore é conhecida pelos frutos que dá, nossas atitudes muitas vezes revelam nosso caráter, a forma como conduzimos qualquer situação demonstra o que somos.
Sinceridade significa falar o que pensa de forma franca, pura, cordial e leal, portanto pureza, cordialidade e lealdade acompanham os sinceros. Quanto a quem age com indelicadeza e falta de educação, querendo o centro das atenções, não merecem aplausos e sim escândalos. Sem falar que denigrem a si mesmos.
Portanto devemos sempre lembrar que falar e fazer o que queremos sem princípio algum é um direito que nos assiste, mas podemos nos confrontar com o que não queremos e sair envergonhados mediante a defesa de quem tem bons frutos para nos oferecer.
Quem fala e faz o que quer em afronta, ouve e sente o que não quer em estilo...

sábado, 10 de novembro de 2012

A desumana miséria humana

                                                           
"A solidariedade é a convicção plena de que ninguém pode ser feliz tendo alguém sofrendo ao seu lado!" (Farccions Al'Camir)

Ao receber de uma tia, professora, Historiadora, especialista em antropologia (irmã do meu pai), que mora atualmente em Belo Horizonte (Santa Luzia, mais precisamente) uma mensagem em que ela repassava um relato recebido de uma “grande e querida amiga antropóloga, que mora atualmente em Sâo Paulo” (como ela disse carinhosamente), não pude me furtar à responsabilidade de trazer a público algumas considerações pessoais (o que achei que seria o mínimo para quem pretende contribuir na construção de um mundo mais caloroso e espiritualista em substituição a esse frio mundo materialista em que vivemos).
A cena relatada que, pela gravidade do tema, mereceu ser repassada por tê-la deixado “chocada, deprimida e indignada ao mesmo tempo”, teria ocorrido na capital paulista, e foi assim descrita:
"Voltando do almoço, ontem, dia 07/11/2012, vi a cena mais triste da minha vida!
Em frente ao edifício COPAN, pérola arquitetônica da cidade de São Paulo, concebido por Oscar Niemeyer, havia muitos transeuntes e um morador de rua.
De repente ele se abaixa e se apoia no meio fio com as duas mãos e debruçado...
passa a beber água depositada num poça imunda!!!!
A sensação foi horrível, de completa desvalia.
De imediato lembrei de um poema de Manuel Bandeira, quando em 1947, também na cidade de São Paulo, escreveu:
"Vi ontem um bicho na imundície do pátio catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava: engolia com voracidade. O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem".
(O BICHO - Rio, 27 de dezembro de 1947 Manuel Bandeira, Uma Antologia Poética, L&PM POCKET É)
60 anos se passaram desde o poema e continuamos a ter brasileiros na condição de BICHO HOMEM, triste e terrível!!!
Karen Follador Karam"

Assim como respondi a ela, resolvi compartilhar algumas considerações que penso importantes:
A constatação é triste; A visão estarrece; Mas e a reação? Teria sido inexistente, como é de se supor tenha sido a do poeta?
(e aqui há tão somente um exercício de imaginação, posto que faltam dados concretos, que nem são assim tão importantes no tocante aos fatos específicos e separados 60 anos no tempo - do poeta e da antropóloga -  já que cumpre o papel de trazer à tona a terrível possibilidade de um fato contundente: sempre podemos ser pegos de surpresa e ficarmos sem ação frente à desumanidade da miséria humana).
A todos nós que existimos (porque pensamos), ou que vivemos (porque amamos e aprendemos), ou que sentimos (porque nos colocamos no lugar do outro), cabem as reflexões que se seguem:

Não basta ter a sensibilidade para saber vislumbrar (o que já é muito nesse frio mundo materialista em que convivemos) as mazelas que nos cercam (e que são muitas). É preciso ter atitude para esboçar uma reação, ainda que mínima (se pretendemos construir um mundo mais caloroso e espiritualista em substituição a esse frio mundo materialista em que mal vemos).
Algum dos dois teria interrompido a caminhada (por mínimos poucos minutos) para tirar da bolsa alguns mínimos poucos dinheiros para comprar água e comida para sanar essa mínima mazela que tiveram a sensibilidade de conseguir vislumbrar (o que já é muito nesse frio mundo materialista em que sobrevivemos)?
Talvez sim... Talvez não...! Nenhum deles se referiu à ação tomada após terem conseguido vislumbrar a mazela por sensibilidade própria (o que não seria nada nesse frio mundo materialista em que não vemos). Mas isso nem importa (a não ser como alerta para quando acontecer de estarmos na condição de quem conseguiu enxergar a miséria desumana pela qual possa estar passando outro ser humano).
Nenhum deles se referiu às ações que poderiam, ou melhor, que deveriam (por libertação consciencial, se não por justiça social) ser tomadas por qualquer um que tivesse conseguido vislumbrar a mazela por florescida sensibilidade (o que já seria muito nesse frio mundo materialista em que nos vemos). 

E talvez não o tenham feito ou por não terem conseguido reagir frente à surpresa e a comoção da empatia (o que já aconteceu a muitos de nós, daí a necessidade de nos prepararmos melhor para tais situações), ou por não querer demonstrar sua superioridade ao minuciar ações que poucos conseguiriam praticar sem terem se preparado para elas.
Alguma mínima coisa ao menos eles fizeram: escreveram, ou melhor, descreveram a mazela vislumbrada por suas sensibilidades afloradas (o que já é muito nesse frio mundo materialista em que morremos, mas que seria pouco para o caloroso mundo espiritualista que pretendemos construir para vivermos).

Considerando que podemos combater a desumana miséria Humana através da conscientização política, do controle social da política e dos gastos públicos, do combate à corrupção, da orientação da economia para a sustentabilidade, da distribuição de renda e da educação integral do ser humano, seguem links para textos que podem ajudar nesse bom combate:
Combate à Corrupção:
Controle Social da política e dos gastos públicos:
Conscientização Política:
SIMPLISMO x COMPLEXIDADE
Orientação da Economia para a Sustentabilidade: